sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

NO RASTRO DA CHAPADA DIAMANTINA – parte 2

GRUTA AZUL – RIO PRATINHA  -  (texto bilíngüe)

(portugués)

Impossível não se extasiar diante do rio Pratinha saindo da Gruta Azul. As águas do rio que inundam também a gruta, são de um azul claro tão limpo e translúcido que parece uma pedra preciosa.

Águas limpas e claras que deixam ver o ir e vir dos pequenos peixes que habitam nesse paraíso.

Pertencente ao município de Iraquara, a gruta está na Fazenda Pratinha. A fazenda disponibiliza espaço para passar o dia na beira do rio Pratinha, e vários esportes monitorados por guias como flutuação, tirolesa, espeleomergulho, cavalgada, caiaque e trilhas ecológicas.

 Querendo prolongar o passeio, a Pousada Recanto do Major, também na fazenda, tem quartos com uma ampla varanda com vista ao rio.

 Uma curiosidade interessante é que a pousada se encontra bem sobre a gruta.







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Obrigada pela visita


 GRUTA AZUL – RIO PRATINHA
(castellano)

Es imposible no extasiarse frente al rio Pratinha saliendo de la Gruta Azul. Las aguas del río que inundan también la gruta, son de un azul claro tan limpio y translúcido que parece una piedra preciosa.

Aguas limpias y claras que dejan ver el ir y venir de los pequeños peces que habitan en ese paraiso.

Pertenciente a la municipalidad de Iraquara, la gruta está en la Fazenda Pratinha (estância Pratinha).

La estancia disponibiliza lugar para pasar el día en la ribera del río Pratinha, y varios deportes monitorados por guias como fluctuación, tirolesa, espeleomergullo, cavalgada, caiaque y caminadas ecológicas.

 

Queriendo prolongar el paseo, la Pousada Recanto do Major, también en la estancia, tiene dormitorios con un amplio balcón con vista para el río.

Una curiosidad interesante es que la posada se encuentra justo sobre la gruta.

sábado, 27 de novembro de 2010

NO RASTRO DA CHAPADA DIAMANTINA – parte 01


LAPA DOCE (texto bilíngüe)
(português)
A Chapada Diamantina é um planalto no sertão baiano que abrange vários municípios do noroeste do Estado da Bahia.
Para chegar, a subida já é um belo espetáculo da natureza, com altos paredões que se elevam majestosos, rochas coloridas e vegetação que teima em crescer entre as fendas das rochas.


O solo calcário, ao longo de milhões de anos, fez surgir grutas e cavernas escavadas por rios subterrâneos, como a Lapa Doce no município de Iraquara.

Hoje nós podemos percorrer e apreciar as obras de arte que a natureza esculpiu pacientemente com a água que foi penetrando pelas fendas das rochas gota a gota. 

Tivéssemos nós, a mesma paciência e perseverança da natureza para com nós e com os que nos rodeiam, a convivência dentro da sociedade poderia ser melhor.

Paciência e perseverança com nós, para transformar nosso temperamento natural num caráter firme e amável.
Paciência e perseverança com quem convivemos, para compreender e desculpar. Para aconselhar e orientar a quem temos a obrigação de ensinar e formar sejam nossos filhos, nossos alunos ou nossos empregados.

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(castellano)
La Chapada Diamantina es un altiplano en una región semi árida que abarca varios distritos del nordeste del Estado de Bahia en Brasil. 

Para llegar, la subida ya es un bellísimo espectáculo de la naturaleza, con altos paredones que se elevan majestuosos, piedras coloridas y vegetación que insiste en crecer entre las grietas de las piedras.
El suelo de formación calcárea, a lo largo de millones de años, hizo surgir grutas y cavernas cavadas por ríos subterráneos, como la Lapa Doce en el distrito de Iraquara.

Hoy en día podemos recorrer y apreciar las obras de arte que la naturaleza esculpió pacientemente con el agua que fué penetrando por las grietas de las rocas gota a gota. 


Tuviésemos nosotros, la misma paciencia y perseverancia de la naturaleza para con nosotros y con los que nos rodean, la convivencia dentro de la sociedad podría ser mejor.
Paciencia y perseverancia para con nosotros, para transformar nuestro temperamento natural en un caracter firme y amável.
Paciencia y perseverancia con quien convivimos, para comprender y disculpar. Para aconsejar y orientar a quien tenemos la obligación de enseñar y formar, sean nuestros hijos, nuestros alumnos o nuestros empleados.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

FILOMENA


Texto bilíngüe português/español

(Português)

Outro dia minha empregada achou uma cobra verde enquanto barria o jardim. Veio correndo me chamar.

Lá fui eu, de máquina fotográfica em mãos para registrar o novo hóspede da casa a quem dei o nome de Filomena. Logo depois da sessão de fotos, ela decidiu ir embora.

Hoje a moça limpando o pátio novamente deu as caras com uma cobrinha verde. Veio logo me dizer que a cobra tinha voltado.

Lá fui eu de novo e constatei se tratar de uma outra Filomena, uma menor, quem diz não seja Filomena “junior”?

Fotografei a bichinha em vários ângulos. Minha assistente nervosa insistia para que desse um fim no(na) hóspede. Eu falei que não ia matar um bichinho inofensivo, já que essa espécie não é venenosa, e que é útil no jardim cumprindo seu ciclo vital; o máximo que poderia fazer é expatriar-la para o terreno vizinho que é vazio, mas para isso é preciso de alguém que saiba pegar o bicho. Lá ficou a Filomena passeando entre as plantas.

Fiquei pensando, quantas vezes não atuamos assim com as pessoas em volta? Quantas vezes não expulsamos do nosso convívio alguém apenas porque é diferente de nós?

Quando vamos a uma festa normalmente nos aproximamos daquelas(les) amigas(os) que nos são mais chegados. Só estamos interessados em contar e ouvir as últimas fofocas ou discutir as maravilhas do nosso time de futebol. Nem nos passa pela cabeça nos acercar de alguém que está sozinho porque não conhece os outros convidados o por outro motivo qualquer.

Preferimos apertar-nos numa mesa em lugar de ir a outra com uma pessoa que está só apenas porque veste, fala ou simplesmente parece, diferente.

Temos o preconceito “da Filomena”, olhamos por fora sem deter-nos em enxergar a pessoa por dentro.



(Español)

El otro día mi empleada encontró una viborita verde mientras barría el jardín. Vino corriendo a llamarme.

Salí llevando la máquina de fotos para registrar el nuevo huésped al que le di el nombre de Filomena. Después de las fotos, el bichito decidió irse a pasear.

Hoy la chica limpiando el pátio se encontró de nuevo con la viborita verde. Vino corriendo a avisarme que la víbora había vuelto.

Fui a ver y constaté que se trataba de otra Filomena, una más chiquita, ¿no será Filomena “junior”?

Le saqué fotos en vários ângulos. Mi asistente nerviosa, insistía para que diera un fin al huésped. Le dije que no iba a matar un animal inofensivo, ya que esa espécie no es venenosa, y que además es útil en el jardín cumpliendo su ciclo vital; que lo máximo que podría hacer era expatriarla para el terreno baldio al lado, pero para eso necesitaba de alguien que supiese agarrar el bicho. Así que la Filomena se quedó paseando entre las plantas.

Me quedé pensando: ¿cuantas veces no actuamos nosotros de la misma manera con las personas que están a nuestra vuelta? ¿Cuantas veces no expulsamos de nuestro convivio a alguien apenas porque es diferente que nosotros?

Cuando vamos a una fiesta normalmente nos acercamos a aquellas(llos) amigas(os) más íntimos. Lo único que nos interesa es contar y oír los últimos chimentos o discutir las maravillas de nuestro equipo de fútbol. Ni se nos pasa por la cabeza acercarnos a alguien que está solo porque no conoce los otros invitados o por cualquier otro motivo.

Preferimos apretarnos en una mesa en lugar de ir para otra con una persona que está sola apenas porque viste, habla, o simplemente parece, diferente.

Tenemos el prejuicio “de la Filomena”, miramos por fuera sin detenernos en ver la persona por dentro.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

SER MODELOS DE VIDA


Muitas vezes criticamos a corrupção reinante e nos revoltamos cada vez que “tudo acaba em pizza”.

Achamos que só político não é honesto, mas não paramos para pensar que essas pessoas são indivíduos da nossa sociedade, que saíram do nosso meio.

Não nos damos conta que tal vez também nós tenhamos atitudes não tão honestas, mesmo que sejam em menor escala.

A retidão de vida não se mede só pelo tamanho, senão também pela qualidade. É tão ladrão quem rouba um milhão de reais, como quem rouba um real.

Não damos importância a pequenas trapaças para conseguir o que queremos. Vamo-nos acostumando com o “jeitinho”, e é essa atitude que passamos para quem nos rodeia, principalmente para nossos filhos.

Será que esse é o modelo de vida que queremos passar para eles? Se um dia nossos filhos chegam à Presidência da República, será que levaram de nós um modelo de vida honesto?

O texto de um antigo folheto parece ter sido escrito para nossos dias:




A ESPERTEZA

Passava por uma esquina da feira quando viu umas vassouras pequeninas, de bom tamanho para mil utilidades. Resolveu perguntar o preço. Compraria uma se o pouco dinheiro que lhe restava fosse suficiente.

-         São cem cruzeiros, dona, só cem cruzeiros.
Surpreendida, achando muito barato, apanhou uma nota de cem e comprou a vassourinha. Já se afastava quando o homem gritou:
-         Dona! Volte aqui! A senhora me deu duas notas de cem coladas uma na outra.
Agradecendo a devolução elogiou a honestidade do vendedor pois jamais teria percebido o engano. E ele respondeu:
-         Não precisa agradecer, não senhora. Eu sou assim, só fico com o que é meu. EU NÃO SOU ESPERTO.

Por primeira vez na vida ouviu alguém colocar a esperteza em seu devido lugar, isto é, junto com a trapaça, o logro, a traição, o furto. O comum é ela ficar muito bem colocada entre qualidades como inteligência, sagacidade, perspicácia, “finura”...
“Ué! Ganha pouco, como é que tem carro e apartamento de luxo? Ele é muito esperto!”
“O mundo é dos espertos”, é frase corriqueira, pronunciada com admiração, e até com uma ponta de inveja, por aqueles que não ousam uma esperteza. Vamos nos acomodando a esta opinião quase sem raciocinar, sem procurar enxergar o que significa, apagando o nosso desagrado ao que não é justo, não é honesto, não é bom, e se oculta sob esta palavra travessa, simpática: esperteza.
O vendedor da feira, um homem simples, pobre, tem a riqueza de um caráter firme. Ele não cede ao que é fácil, não se deixa corromper, sabe ser íntegro. É realmente “autêntico”, para usarmos uma dessas palavras que tanto se prestam a “espertezas”.
Seria bem melhor este nosso mundo se houvesse mais gente igual a ele. Mais gente capaz de dizer “eu só fico com o que é meu”. E ficar.

M. S. (extraído do folheto “Encontro”)
(ao repassar cite autor e fonte)


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Quem não gosta de ter um bichinho de estimação? É não é só criança que gosta. Adolescente, adulto e até ancião gostam da companhia carinhosa desses adoráveis seres.

  Pode ser um gato preguiçoso ou elegante.





Um cachorro brincalhão ou dengoso.







Um coelhinho para lá de fofo.


Ou outro bicho qualquer.




Mas, gostar é fácil, o difícil é saber lidar com o bicho. E quando falo em “saber lidar” significa saber entender e respeitar a maneira de ser do nosso amigo.


Muitas vezes tratamos o animal como se fosse humano, esperamos dele atitudes e respostas que sua própria natureza animal não comporta.

Aí, o coitado passa a ser visto como desobediente, malcriado, teimoso, e até... insuportável; quando o bicho está apenas atuando de acordo com seus instintos, que são justamente as capacidades com as quais a natureza conta para o animal desenvolver sua vida.

Nós que somos os SERES PENSANTES é que temos que entender os animais, e não eles a nós.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SEMI-ÁRIDO

Cheguei ao nordeste em 2006.
Região do semi-árido baiano.

Muita pedra e pouca terra
Muito sol e pouca chuva
Terra do bode e do cabrito
Céu cheio de nuvens que passam sem deixar água

Assim que cheguei fui sabendo que aqui:
nuvem não quer dizer chuva
nuvem carregada, não quer dizer chuva
nuvem parecendo desabar, não quer dizer necessáriamente chuva

Paissagem seca
pedras, cactus, arbustos espinhudos
ouvi: aqui o que não espeta, ou coça ou arde


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

VONTADE E LIBERDADE


Quantas vezes nos desculpamos dizendo: “eu sou assim”!
Usamos nosso temperamento natural para justificar-nos.
Ou então nos declaramos “vítimas do ambiente”, resultado das “influencias da sociedade”.
Mas, para controlar o temperamento natural, e para criar em nós um caráter firme e equilibrado, estamos dotados de VONTADE e LIBERDADE.
Nada melhor que o belo texto de Pico Della Mirandola para fazer-nos refletir até onde somos os maiores responsáveis por nós mesmos.

ORAÇÃO DA DIGINIDADE HUMANA


Não te dei, Adão, nem um posto determinado nem um aspecto próprio nem função alguma que te fosse peculiar, com a finalidade de que aquele posto, aquele aspecto, aquela função pelos que te decidires, os obtenhas e conserves segundo teu desejo e desígnio. A natureza limitada dos outros está determinada pelas leis que eu tenho ditado. A tua, tu mesmo a determinarás sem estar limitado por barreira nenhuma, pela tua própria vontade, em cujas mãos te tem confiado. Coloquei-te no centro do mundo com a finalidade de que pudesses observar desde lá todo o que existe no mundo. No te fiz nem celestial nem terrenal, nem mortal nem imortal, com o fim de que – quase livre e soberano artífice de ti mesmo – te plasmares e esculpires na forma em que te tiveres escolhido. Poderás degenerar para as coisas inferiores que são os brutos; poderás – de acordo com a decisão de tua vontade – regenerar-te para as coisas superiores que são divinas.

(Oratio de hominis dignitate, de Pico Della Mirandola)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VIVER UM GRANDE AMOR


O comentário de uma grande amiga levou-me a refletir sobre como sempre pensamos que as grandes histórias de amor só acontecem no cinema.
Vamos ao cinema, nos emocionamos com a história do filme, podemos até chorar no final, e depois voltamos para casa com a sensação de que aquela história nada tem a ver com a nossa realidade.
No entanto, a maioria de nós já se apaixonou, já viveu a emoção do primeiro encontro, já chorou quando ficou a esperar um telefonema, carta ou e-mail que não chegou. Já namorou e partiu para a vida matrimonial com o entusiasmo de viver um grande sonho feito realidade.
Então, por que não estamos “vivendo um grande amor”? Por que parece que sonhos de amor só ficam na telinha ou na telona?
Porque nos acostumamos com esse rosto que vemos todos os dias e deixamos de “enxergar” nele o grande amor a nossa vida.
Passamos a dar tanta importância ao trabalho, ou a casa impecável, que deixamos de nos preocupar com os “donos” desse trabalho ou dessa casa: nós como casal apaixonado. Deixamos escapulir das mãos os possíveis momentos de curtir a sós, que manteriam a chama do grande amor sempre acessa. Assim aos poucos o “grande” amor vira “pequeno” amor, e depois vai morrendo devagarzinho sufocado pelo corre-corre do dia a dia, do emprego ou dos negócios, pelo nervosismo de ter ficado horas na fila do banco, do trabalhão de levar e trazer as crianças para a escola, o inglês, a natação, o judô e não sei mais o quê (será que os filhos não precisam de menos cursos e mais tempo para brincar?)
Matamos o “grande amor da nossa vida”, e passamos a ir ao cinema para viver o “grande amor de mentirinha”.
Que tal parar de vez em quando para voltar ao passado e resgatar a nossa bela história de amor? Ela é só nossa, e podemos viver-la todos os dias, 24 horas por dia.
É só colocá-la no primeiro plano a nossa vida. Dar a ela mais importância que à reunião com os amigos, ou que a uma tarde no shopping.
É só dar uma paradinha de tanto em tanto no nosso dia para olhar no rosto do nosso companheiro (a) e ver nele(a) aquela pessoa pela qual nos apaixonamos e estampar-lhe um beijo mesmo que pareça fora de hora, ou oferecer-lhe flores mesmo que não seja o aniversário.
Não deixemos de viver “um grande amor” todos os dias da nossa vida. Façamos da “nossa história de amor” o fundo musical de cada um de nossos dias.

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